Curso de Moda comemora duas décadas de protagonismo na região

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Inspiração é o fio que une cada trajetória no curso de Moda da Unochapecó. Neste semestre, comemoramos duas décadas marcadas pela descoberta da força de ser autêntico, o encanto do fazer com sentido e a magia de criar com propósito. Em cada projeto demonstra-se a certeza de que a moda da Uno vai além da tendência, veste histórias e revela o humano.

Docentes do curso de Moda criaram uma coleção de estamparias especial para a comemoração de 20 anos.

Em meio às comemorações, os estudantes foram convidados a contar, em poucas palavras, o que Moda os inspira a ser. Desta forma nossa história começará a ser contada por eles, que encontram liberdade para ser, criar e transformar. Aqui, a palavra “moda” se torna uma linguagem de expressão, uma forma de olhar o mundo com sensibilidade, poesia e coragem. Entre tecidos e ideias, nascem identidades, propósitos e sonhos costurados com paixão.

https://uno.edu.br/vestiba

Nascido em 2005, o curso de Moda surgiu a partir de um sonho coletivo de professores da área da educação e de outros campos ligados à criatividade. A proposta era trazer para o Oeste catarinense uma formação que unisse criatividade, técnica e identidade cultural.

Mesmo não sendo uma região tradicionalmente têxtil, o Oeste catarinense abriga mãos criativas e pessoas que veem a moda como forma de transformação. Nessa perspectiva, a caminhada do curso encontrou com a de Rachel de Quadros, atual coordenadora. Em 2007, a professora ingressou na Uno com disciplinas voltadas ao desenvolvimento de produção de moda e ao planejamento de coleção.

“Encontrei na Unochapecó um espaço de afeto e crescimento. Minha trajetória se entrelaçou com a história do curso porque sempre acreditei que moda é mais do que vestir: é memória, expressão e identidade. O curso cresceu, amadureceu e se tornou referência regional, e eu amadureci junto, aprendendo diariamente com os estudantes e com os processos que desenvolvemos em parceria com a comunidade”, conta.

Rachel guarda com carinho a primeira edição do Fashion Day, ainda chamada Moda na Arara. O evento aconteceu em 2007, no ginásio da Universidade, e contou com mais de 220 looks na passarela, criados por uma turma de 22 acadêmicas, cada uma com 10 looks completos. “Lembro do nervosismo, mas também do brilho nos olhos de todos os envolvidos. Era o início de algo muito maior do que imaginávamos”.

Neste ano, o Uno Fashion Day completa 15 anos e consolida-se como o maior evento acadêmico de moda do Oeste catarinense, reconhecido pela sua qualidade estética e alinhamento com grandes eventos nacionais e internacionais. Para a coordenadora, cada edição é uma renovação dessa história, um momento de celebração do aprendizado e da expressão criativa dos nossos estudantes.

Tecido por muitas mãos

Egressa do curso, Isadora Borba Kovaleski descobriu sua vocação muito antes de ingressar na Universidade. A visita ao Mundo das Profissões foi o ponto de partida para essa trajetória criativa. Na época, o encantamento foi imediato, os desenhos, as coleções e a energia dos estudantes fizeram nascer a certeza de que estava diante do caminho certo. O que começou como curiosidade transformou-se em propósito e, com o tempo, em profissão.

“Tive a oportunidade de fazer parte do Centro Acadêmico de Moda como presidente, experiência que me trouxe grandes responsabilidades e contribuiu imensamente para o meu amadurecimento pessoal e profissional. Fiz amizades valiosas, que levo comigo até hoje, e vivi momentos que guardo com muito carinho”, relata.

Entre os momentos que marcaram sua trajetória, está o desenvolvimento de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e o Uno Fashion Day, onde pôde expressar sua identidade estética e aprofundar conhecimentos sobre os processos de criação e desenvolvimento de coleções.

“O evento (Uno Fashion Day) representou um momento de intensa troca criativa, tanto com os professores quanto com os colegas. A energia daquele dia era simplesmente surreal; até hoje me arrepio ao lembrar. Participamos de todas as etapas do processo, desde a criação das coleções até a maquiagem, produção de moda, styling, fotografia, desfile e trilha sonora. Foi uma experiência completa, que proporcionou uma visão 360º do universo da moda e contribuiu enormemente para o meu aprendizado e desenvolvimento profissional”, lembra.

O vínculo com os professores e colegas também deixou marcas profundas. Segundo ela, o apoio docente foi essencial para o desenvolvimento profissional e para o ingresso no mercado de trabalho, especialmente nas áreas de criação, pesquisa e desenho. Essa base teórica e prática serviu como impulso para sua atuação atual como estilista plena na Schutz, onde hoje cria calçados, pesquisa tendências e desenvolve coleções. “Foi no curso que tive meu primeiro contato com o universo do design de calçados, e essa vivência abriu caminhos que eu nem imaginava seguir”, recorda.

Honra ao Mérito

Entre tecidos, sonhos e afetos, a trajetória de Maria Isabel Corrêa se costura como uma narrativa de coragem e criação. Desde cedo, ela sabia que havia algo em si que dialogava com o novo, uma inquietude criativa que a Moda, um dia, ajudaria a nomear. “Sempre senti que a moda fazia parte de mim. Sempre tive o olhar criativo para o novo, que nem eu mesma sabia o que era, mas sabia que precisava desbravar.”

Na Unochapecó, encontrou o cenário perfeito para transformar curiosidade em propósito, e o local para moldar uma profissional consciente e segura de sua própria voz.

“Com certeza o período da faculdade foi um dos melhores, fiz amizades duradouras, cresci como pessoa, como mulher, e principalmente fui me moldando como profissional. Sempre fui muito ativa em todas as atividades, em todos os trabalhos em grupo e tenho certeza que isso contribuiu muito, a curiosidade e a proatividade de estar sempre envolvida”.

Nos corredores do curso, Bel, como é chamada carinhosamente, relata que viveu encontros. Professores, colegas e aprendizados que ultrapassaram a técnica e moldaram a essência. A lembrança mais doce brota do Uno Fashion Day que transcendeu o tempo: sua avó, Dona Odila, cruzando a passarela como modelo, vestida de amor e orgulho.

Um gesto que traduziu o que a Moda pode ser, presença, memória e afeto costurados em tecido e emoção. “Desenvolvi uma coleção para o segmento de gênero etário: idoso. Minha avó materna foi uma das modelos, uma das lembranças mais incríveis que tenho dela”, relembra.

Bel foi uma das egressas homenageadas pelo curso por sua atuação dentro e fora da Universidade. Durante a Aula Inaugural que celebrou o aniversário do curso de Moda e uma tarde especial junto à reitoria, as egressas receberam placas e relembraram os bons momentos na Unochapecó. A egressa conta que, ao recebê-la, o sentimento que pulsou foi gratidão.

“Sempre fui muito convicta do que queria e onde chegaria, o que eu não sabia eram os obstáculos que enfrentaria nesse meio. Mas olhando para trás eu vejo que tudo aconteceu como tinha de ser, a minha participação sempre ativa dentro do curso serviu de base para o meu primeiro emprego, que claramente me fez chegar aonde estou hoje. Ver isso reconhecido é muito emocionante, não é apenas um título, é a prova de que se fizermos o que amamos, nos dedicarmos e trabalhamos duro para isso o reconhecimento vem. E receber uma homenagem da Universidade que serviu de base para tudo isso, é sim sinônimo de orgulho e gratidão”.

Também carregando uma história de entrega e inspiração, Regiane Dalarosa descobriu aos 16 anos que a Moda podia ser ferramenta de transformação. Entrou na universidade movida por curiosidade, e foi entre disciplinas, tecidos e pesquisas que encontrou propósito. “Naquela época, o setor da moda era bem menos desenvolvido aqui na região. Eu trabalhava ajudando um representante comercial que atendia clientes lojistas, e foi nesse ambiente que comecei a me interessar pela dinâmica entre as indústrias que criavam as coleções e o varejo que as comercializava”.

Durante o curso, Regiane mergulhou nas possibilidades que a Moda podia oferecer. Foi nas aulas, nas conversas e nas trocas com o corpo docente que descobriu seu propósito. Na escolha de um tema ousado para seu trabalho de conclusão, a moda inclusiva para mulheres cadeirantes, abriu caminhos para novas perspectivas dentro e fora da sala de aula.

“A partir dessa pesquisa, encontrei um propósito dentro da área e desenvolvemos um projeto que foi pioneiro na época, resultando no primeiro artigo científico publicado pelo curso de Moda da Uno. Foi um trabalho que me marcou muito, porque mostrou que a moda também pode ser uma ferramenta potente de inclusão”.

A jornada acadêmica de Regiane floresceu em parcerias e descobertas. Professores que se tornaram referências, projetos que expandiram horizontes e uma universidade que acreditou, desde o início, no potencial de seus estudantes. A partir dali, a egressa trilhou novos caminhos, conquistou o mestrado, o doutorado e hoje segue entre o ensino e a indústria, mantendo viva a chama que começou na Uno.

Na homenagem recebida pelos 20 anos do curso, o retorno foi de pertencimento e orgulho. Regiane reencontrou não apenas o espaço que a formou, mas o lugar que continua inspirando gerações de criadores e criadoras. Em suas palavras e conquistas, reafirma-se o sentido maior da Moda: o de unir técnica e sensibilidade, pesquisa e emoção, para vestir o mundo de histórias que merecem ser contadas.

A Unochapecó, para Regiane, foi o ponto de partida de uma trajetória que ainda hoje floresce. “Quando entrei, fui contemplada com uma bolsa integral oferecida pela própria Universidade, e isso foi essencial para que eu conseguisse concluir o curso”, relembra.

Com Isadora, Maria Isabel e Regiane, o curso de Moda da Unochapecó reafirma o que sempre sustentou ao longo de duas décadas: que vestir é um ato de criar, e criar é, acima de tudo, acreditar.

O futuro

Ao longo do tempo, o curso vem desenvolvendo projetos que envolvem a comunidade no reconhecimento da moda como agente de transformação social, cultural, tecnológica e sustentável. Mas e nos próximos 20?

Ao refletir sobre o futuro da área, a professora Rachel projeta um cenário guiado pela consciência e pela tecnologia. “Daqui a 20 anos, vejo uma moda mais inclusiva e tecnológica. Uma moda que respeita o planeta, valoriza a diversidade e entende que os corpos não são iguais”, afirma. Para ela, o futuro estará na fusão entre o artesanal e o tecnológico, mantendo viva a essência da moda, que é “expressão do espírito do tempo”.

A egressa Isadora também acredita em uma moda mais responsável e acessível, em todos os sentidos. “Acredito em uma moda mais circular, que valoriza o reaproveitamento, a durabilidade e o propósito por trás de cada peça”, explica. Inspirada pela frase de Vivienne Westwood, “compre menos, escolha melhor e faça durar”, ela espera que o design do futuro seja voltado ao conforto, à funcionalidade e à diversidade.

Para Maria, as próximas décadas serão marcadas pela tecnologia, mas também pela permanência do fator humano. “Vejo um futuro em que o consumo será mais consciente e o design mais responsável, com produções locais e sustentáveis. Mas acima de tudo, acredito que a moda continuará sendo humana”, destaca.

Na visão de Regiane, o caminho é de liberdade e pluralidade. “A moda do futuro será cada vez mais plural e livre. Menos regras, mais diversidade e mais espaço pra cada pessoa vestir o que realmente representa o seu momento de vida”, reflete.

O agora

Foram vinte anos de tramas entrelaçadas por criatividade, pesquisa e afeto, de um fazer que ultrapassa o tecido e alcança o humano. A Moda da Uno nasceu do olhar curioso sobre o comportamento e da vontade de transformar o vestir em ciência, expressão e pertencimento.

Para a professora Rachel, que acompanha de perto essa trajetória, a moda é muito mais do que tendência, é linguagem e vida. “É costurar memórias, legados e identidades, traduzindo sentimentos em tecidos, cores e formas. A Moda é, também, ferramenta de inclusão, capaz de tornar visível o invisível e de unir propósito e sensibilidade. E o fazer ciência na Moda é compreender que esse campo transforma vidas”.

A trajetória de quem passou pelo curso comprova essa força transformadora. As egressas Isadora, Maria e Regiane representam diferentes momentos dessa história, mas compartilham o mesmo sentimento de pertencimento. Para elas, a moda é espelho da sociedade, uma forma de expressão que traduz identidades e comportamentos. “Ela é sociologia, comportamento, uma manifestação constante de mudança”, destaca Isadora, que vê no conhecimento e na atualização constante o segredo para acompanhar o ritmo acelerado do setor.

Maria, com quase vinte anos de experiência, reforça que o ponto de partida está na formação: “A moda oferece tantas possibilidades de atuação que é na faculdade que se descobre o quanto ela pode te transformar”. Já Regiane enxerga o campo como uma combinação de emoção e estratégia. “A moda é uma engenharia, trabalhamos com beleza e criatividade, mas também com lógica e planejamento”, explica.

Entre passado e futuro, o curso de Moda segue firme em seu propósito: formar profissionais que costuram ideias e sentidos, transformando o mundo a cada criação. Porque, na Uno, a moda é mais do que vestir, é fazer parte do tecido vivo da sociedade, entrelaçando histórias, afetos e possibilidades.

Feliz aniversário, Moda! Estamos ansiosos para trilhar com vocês os próximos 20 anos.

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Fonte: Assessoria de comunicação

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