Na CELESC, Cobalchini cobra soluções para a falta de energia e adverte para prevenção a eventos futuros
Um vendaval de mais de 123 km/h derrubou quatro torres de transmissão entre Campos Novos e Videira. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação do Sistema Interligado Nacional (SIN), informou que por conta dos estragos houve o desligamento automático da linha de transmissão. Isso interrompeu o fornecimento de energia nas Subestações de Videira, Caçador, Caçador-Castelhano e Fraiburgo. Ao todo, na madrugada de sábado (29), treze municípios ficaram sem energia elétrica, cerca de 90 mil unidades consumidoras.
Atendendo a uma solicitação das comunidades atingidas pelo vendaval do Meio-Oeste, o deputado Valdir Cobalchini participou na tarde de segunda-feira, (31) de uma reunião com Claudine Anchite, presidente interina da Celesc, técnicos e diretores da empresa. O parlamentar solicitou informações sobre o ocorrido na sexta-feira a noite e, especialmente, o motivo pela qual a cidade de Caçador, desde então, segue sem o fornecimento de energia.
Para Cobalchini, eventos climáticos ocorrem eventualmente, mas não podem paralisar a vida das pessoas por completo. “Na cidade de Caçador todos os estabelecimentos comerciais, as indústrias e também residências, estão às escuras”, adverte. Segundo Claudine Anchite, a Celesc disponibilizou dois técnicos para acompanhar a reconstrução das torres atingidas. “Essas torres não são de propriedade da Celesc, elas compõem a rede básica de transmissão, mas nossa empresa está prestando todo o apoio à Evoltz, responsável pela transmissão”, afirma.
No encontro, Cobalchini sugeriu que seja estudada uma rede alternativa. Uma das possibilidades seria a interligação com o Planalto Norte, a partir de Mafra ou Canoinhas, aumentando a segurança diante de problemas como o que temos enfrentado. “Caçador não pode ser fim da rede! Grandes empresas estão lá instaladas. A cidade é uma das maiores cidade da região, com aproximadamente 80 mil habitantes”, declara.
Dentro de alguns dias a atual Diretoria da Celesc irá até Caçador e se reunirá com as lideranças da comunidade, com a Associação Comercial e Industrial e também com lideranças políticas de toda a região. Além das explicações sobre esta terrível ocorrência, serão apresentadas estratégias no sentido de que algo assim não torne mais a se repetir.
Por fim, o deputado reiterou que um município como Caçador, uma das principais economias do estado, com uma indústria pujante, não pode estar exposto desta forma à interrupção de energia elétrica, gerando uma imensa insegurança e prejuízos incalculáveis, inclusive ao Estado. O mesmo se aplica aos demais municípios atingidos, como Campos Novos, Videira e Fraiburgo, integrantes de um dos principais pólos do agronegócio catarinense. “São preocupações que deveriam ter sido tomadas há muito tempo. Mas se não podemos resolver o passado, que possamos garantir que isso nunca mais aconteça”, ressalta Cobalchini.
O prognóstico é que a energia pode retornar ainda na madrugada desta terça-feira, antecipando a previsão anterior, que era do retorno na quarta-feira.