Salário maior para profissionais das indústrias do material plástico
A partir deste mês cada um dos mais de cinco mil trabalhadores das indústrias do material plástico passam a receber seus salários devidamente reajustados.
O aumento aos profissionais do Oeste e Meio catarinenses que ganham acima do piso foi de 5%. Os salários normativos tiveram acréscimos que chegam até 8,9%. Os índices estão acima da inflação acumulada nos doze meses que antecedem à data base da categoria, 1º de abril.
Neste ano o Stimpc, instituição sindical representativa dos profissionais, negociou somente as cláusulas econômicas da CCT – Convenção Coletiva de Trabalho. Os dispositivos sociais permanecem em vigência para mais 12 meses.
A CCT contempla uma série de benefícios aos trabalhadores com atuação em 42 municípios da base territorial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Material Plástico de Chapecó.
O presidente do Stimpc, Vilson Silveira, esclarece que o reajuste significa “ganho real ao salário”. Admite ser baixo o percentual, mesmo assim “representa alguma evolução”. Independentemente de ser um incremento mínimo “o trabalhador recupera um pouco seu poder de compra”.
Os salários normativos da categoria foram majorados com percentuais de maior expressão.
A partir deste mês o piso do setor de reciclagem das empresas passa a ser de R$ 1.750,00. Já o da transformação chega a 1.800,00. Com reforço de 25% o vale alimentação subiu para R$ 125,00. Existem casos de acordos individuais com reajuste maior.
Silveira cita a negociação com a Fulpak Embalagem onde o Stimpc consegui 6% de aumento, representando mais rentabilidade real.
Na mesma empresa o vale alimentação foi elevado para R$ 200,00.
Poder e convergência – O dirigente sindical pondera que todo conteúdo dos itens sociais da convenção coletiva asseguram uma série de benefícios à categoria. O documento estabelece critérios não garantidos pela legislação, por isso não disponíveis aos trabalhadores. “O sindicato “é o único instrumento com poder para conquistar estes benefícios e garantir seu integral cumprimento”, especifica.
Bacharel em Direito, Silveira acentua que o consenso atendeu as expectativas. O cenário nacional “não pode ser desconsiderado” mesmo porque o sindicato tem “muita responsabilidade com a preservação do emprego”. Acrescenta que empregado e empregador “não podem andar em caminhos opostos”.
A CCT foi fechada após “coerente e respeitoso entendimento” entre o Sindiplasc Chapecó e o Sinpesc Joinville. As condições definidas para Chapecó e região são idênticas as válidas para as regiões de Caçador e Joaçaba.
– Foto: “O caminho deve ser o mesmo”, diz Vilson Silveira ao falar sobre a nova convenção coletiva da categoria.
JC Linhares Assessoria & Comunicação