21/03/2019 16h04 - Atualizado 21/03/2019 16h12

Santa Catarina busca liberação do cultivo e comercialização de macroalga

Por Destaques

Através da iniciativa do deputado Jair Miotto (PSC), foi encaminhada uma moção ao Ministério da Agricultura e à Secretaria de Estado da Agricultura para que seja autorizado o cultivo e a comercialização da macroalga Kappaphycus Alvarezii em Santa Catariana.

No estado, há 10 anos, o Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (Cedap), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) realiza estudos voltados para o cultivo da macroalga no Sambaqui, em Florianópolis, apresentando bons resultados.

O cultivo e comercialização já foram autorizados no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas em Santa Catarina o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão responsável pela liberação, alega que a autorização ainda não ocorreu no estado devido ao perigo de propagação da macroalga.

Este fato já foi descartado pelos pesquisadores depois de anos de estudo que comprovam a segurança ambiental do cultivo.

De acordo com o pesquisador Alex Alves dos Santos, a macroalga em estudo pela Epagri, produz a carragenana, além de melhorar a qualidade da água onde é cultivada. A carragenana pode ser usada como espessante pela indústria química e alimentícia. “Só em 2015, o Brasil importou 1.836 toneladas de carragenana ao custo de 16 milhões de dólares”, ressalta o pesquisador.

Santa Catarina possui cerca mil hectares de fazendas marinhas para produção da macroalga, o equivalente a um campo de futebol.

De acordo com Santos, “tudo está sendo feito de acordo com o que pede o Ibama. Estamos replicando os estudos para outros municípios, Governador Celso Ramos e Penha, uma imposição do instituto. O que queremos é um tratamento igualitário com os outros estados que já tem a liberação”, pede o pesquisador.

Em média, um quilo da macroalga seca é comercializada a 1 dólar. “O estado Santa Catarina pode passar de importador para exportador da macroalga Kappaphycus Alvarezii. A liberação pode vir como uma importante fonte de renda para os maricultores do Estado.

Podemos aproveitar este potencial de benefícios ambientais e econômicos”, finaliza do deputado Miotto. Em Santa Catarina, a iniciativa também é apoiada pela Associação de Maricultores e Pescadores Profissionais do Sul da Ilha (Amprosul) e pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina (UFSC). Deputado Miotto esteve reunido com lideranças que estão na busca da liberação

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa do deputado Jair Miotto

 

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