Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama
Quando detectada em fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar os 95%; Especialistas comentam importância do exame ser realizado anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos
Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o mês de outubro recebe simbolicamente um laço rosa como forma de trazer um olhar mais apurado para a conscientização sobre o câncer de mama, atualmente o tipo que mais atinge a população global feminina. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta 2,3 milhões de pessoas por ano.
No Brasil, projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que devem ser registrados 73.610 novos casos em 2023, número que corresponde a 10,5% de todos os diagnósticos de câncer registrados no país – o que faz dos tumores de mama os mais incidentes entre as mulheres no país, ficando atrás apenas do câncer de pele-não melanoma. Por aqui são ainda estimados 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme indica o INCA, fazendo dela uma das líderes no ranking das que mais matam a população feminina.
Diante dessa realidade, a detecção em fase inicial continua sendo a principal arma no combate ao câncer de mama, tendo como aliada essencial a mamografia – que deve ser realizada anualmente em mulheres a partir dos 40 anos e, à nível populacional, é a melhor forma de detectar o tumor no começo do seu desenvolvimento aumentando as chances de cura. Vale lembrar que o diagnóstico do câncer de mama, quando feito no início, faz com que ele seja altamente curável, superando a taxa de 95%.
“O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia”, afirma Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
O oncologista enfatiza que a mamografia é um exame que tem o objetivo de avaliar o tecido mamário. Contudo, ela não deve ser realizada apenas quando existe suspeita de câncer de mama. A partir do rastreamento mamográfico – desde que realizado periodicamente – diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%, principalmente por seu potencial de identificar lesões ainda não palpáveis e num estágio muito inicial, com tamanho menor do que 1 cm.
Mamografia é pilar essencial para salvar vidas
Apesar dos dados mostrarem a importância da realização da mamografia, é justamente na adesão a este exame primordial para o diagnóstico do câncer de mama que está um dos entraves para vencer a doença. O Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, revelou que o país registrou apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos. O número ainda é muito inferior ao recomendado pela OMS, que preconiza que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.
“Para se ter uma ideia mais precisa, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberão o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que mais de 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta o mastologista da Oncoclínicas, Guilherme Novita
De acordo com ele, a incidência de câncer de mama ocorre, principalmente, em mulheres na perimenopausa, ou seja, no fim da vida reprodutiva da paciente. As diretrizes do Ministério da Saúde preconizam a realização da mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre um exame e outro. Mas o constante aumento da incidência em mulheres mais jovens tem estimulado debates para que o rastreio seja iniciado com mais antecedência .
“Importantes entidades de todo o mundo, entre elas a SBM e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF), defendem a orientação de realização do exame como parte da rotina de monitoramento da saúde a partir dos 40 anos. Esta recomendação foi recentemente ratificada em um trabalho conjunto de sociedades médicas brasileiras – composto por Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e também pela própria Sociedade Brasileira de Mastologia – no qual as recomendações de rastreio da doença também foram atualizadas, prevendo o rastreamento mamográfico anual para as mulheres brasileiras de risco habitual entre 40 e 74 anos”, detalha Guilherme Novita.
“Tal recomendação é baseada em estudos que mostram que 25% das mulheres com câncer de mama estão na faixa etária entre 40 e 49 anos de idade e, portanto, essa medida simples de redução da idade base para início da triagem pode salvar muitas vidas”, completa.
Caso haja histórico familiar da doença, vale lembrar, as indicações podem mudar – por exemplo, com o rastreamento mamográfico começando ainda mais cedo e/ou envolvendo outros tipos de exames – conforme análise e recomendação médica de acordo com cada caso.
Como o exame é feito?
O mastologista comenta que, geralmente, o procedimento pode durar cerca de 20 minutos. “Através de duas placas, as mamas são pressionadas na horizontal e vertical para a avaliação adequada. O exame pode causar um pouco de desconforto, mas a compressão é rápida e a dor passageira. Para um maior conforto da paciente, é recomendado que o agendamento seja realizado para alguns dias após a menstruação, período em que as mamas estão menos sensíveis e o exame possui maior precisão”, descreve Guilherme Novita.
Incentivo a mudanças simples nos hábitos de vida
Além de realizar exames preventivos com frequência, cultivar uma rotina saudável, de acordo com os especialistas, é a chave para reduzir as taxas de câncer de mama. Controlar o excesso de peso, buscar uma alimentação saudável e manter uma rotina de exercícios físicos exercem também papel fundamental para redução dos riscos de incidência da doença.
E a importância de um olhar para tipo de atitude não fica apenas na prevenção. “A prática regular de exercícios físicos e adoção de uma dieta alimentar balanceada são relevantes tanto para reduzir as chances de desenvolver câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença”, diz Max Mano.
Uma série de pesquisas científicas sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas ao tratamento e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico.
A exemplo disso, um estudo publicado em 2023 pela revista JAMA, intitulado “Adherence to Cancer Prevention Lifestyle Recommendations Before, During, and 2 Years After Treatment for High-risk Breast Cancer”, ouviu um total de 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes, através de um questionário. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência do câncer de mama e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.
A pesquisa reforça aquilo que já vem sendo preconizado pelos principais órgãos de saúde no mundo: a adoção de hábitos saudáveis é fundamental na luta contra o câncer. “Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. Adicionalmente, é importante frisar, uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo”, resume o líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
#CuidarSemLimites
Reforçando a proposta da campanha do Outubro Rosa, a Oncoclínicas realiza uma série de ativações para apoiar o conhecimento sobre o câncer de mama. Dando início às ações, que tem como mote o slogan “Se o amor não tem limites, o cuidado também não”, ao longo da primeira semana do mês (de 1 a 8/10) o maior grupo especializado no tratamento oncológico da América Latina iluminará cinco dos principais monumentos da cidade de São Paulo com a cor rosa: Viaduto do Chá, Pateo do Collegio, Biblioteca Mário de Andrade, Edifício Matarazzo e Monumento às Bandeiras.
Já nas unidades Oncoclínicas em todo o Brasil e nos canais oficiais nas redes sociais, uma série de conteúdos promoverá a disseminação e discussão sobre os benefícios de uma rotina de atividades físicas, alimentação equilibrada e o olhar global para a saúde a partir da realização de exames periódicos para monitoramento de possíveis alterações no organismo, com respaldo de especialistas, de forma a esclarecer as principais dúvidas da população em geral e dos pacientes oncológicos. As iniciativas em ambiente digitado podem ser acompanhadas pela hashtag #CuidarSemLimites.
“A informação de qualidade é essencial para frear as estatísticas da doença no Brasil, que tem um crescimento significativo de casos a cada ano. Cada vez mais devemos falar sobre o diagnóstico precoce e prevenção, contribuindo assim para o aumento das chances de cura e um cuidado personalizado”, finaliza Max Mano.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 36 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 600 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.
Fonte: GabrielSouza – Moglia Comunicação Empresarial