Recuperação inflacionária e rentabilidade real ao salário são alvos
Iniciam nos próximos dias as negociações para acertar a nova convenção coletiva de trabalho dos profissionais com atuação nas indústrias da construção, do mobiliário, das madeireiras, marmorearias, olarias e cerâmicas. Aprovada em assembleia geral, a proposta está sendo encaminhada à representação empresarial para início das conversações. Os trabalhadores indicaram posição favorável ao conteúdo do documento, autorizando a abertura do processo negocial.
A meta é fechar a convenção coletiva incorporando aos salários não somente a integralidade inflacionária acumulada no período maio de 2022 a abril deste ano, mas também a recuperação do poder de compra que resulta em ganho real acima do índice da inflamação. “Esperamos que a classe patronal seja receptiva e sensível aos pedidos da categoria”, resume a presidente do Siticom Chapecó (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) Izelda Teresinha Oro. Pondera que existem “diversos e fortes argumentos” que, para ela, “justificam plenamente atendimento as reivindicações que estão sendo feitas”.
Cláusulas econômicas e sociais formam o alicerce das condições elencadas na proposta. Destaca-se o pedido de reajuste salarial de 12%. O requisito básico à pretensão “é a perda do poder aquisitivo do salário”, alega o assessor jurídico do Siticom, André Fossá. Os trabalhadores manifestaram desconfiança nos índices inflacionários históricos que, entendem, não condizem com a realidade. Nas manifestações durante a assembleia citaram que os preços praticados nos supermercados foram reajustados bem acima do índice da inflamação apresentada pelo IBGE. Raciocinam que esta situação precisa ser considerada.
Os profissionais da categoria aprovaram a contrapartida apresentada pelo Siticom. A fórmula, inédita em nível nacional, se destina ao custeio da estrutura sindical. Ficou estabelecido que qualquer oposição a contrapartida significará manutenção da contribuição negocial.
Manter o padrão – O consenso sempre prevaleceu nas negociações anuais. Este comportamento “deve ser mantido”, confia Fossá. Lembra que em anos anteriores “o diálogo maduro e em alto nível superou eventuais e próprias divergências” para alcançar o entendimento. A presidente do Siticom defende equilíbrio na condução do acordo. Porém, aponta que a cautela e prudência “dependem da envergadura e dos critérios adotados na mesa de negociação”. Os trabalhadores foram contundentes e determinados na assembleia. Qualquer índice de reajuste diferenciado do mínimo pactuado em assembleia vai significar musculosa resistência através de intensivas mobilizações junto aos empregadores.
A assembleia geral serviu ainda para memorizar o Dia Mundial do Trabalho, 1° de maio. Houve sorteio de prêmios e foi promovido o 2° Costelão do Siticom. Além do sindicato, a premiação em dinheiro (R$ 6 mil) e brindes foram patrocinados por Dimensão Construtora e Incorporadora, Holder Construção e Incorporadora, Concreta Engenharia, Oro Motos e Cartão de Todos.
Foto: Além de aprovarem a proposta trabalhadores festejaram o dia a eles dedicado com sorteio de prêmios e o 2° Costelão do Siticom
Assessoria de Imprensa Siticom